JUDICIARIO
Justiça revoga ordem de prisão de acusada de pirâmide

A Justiça determinou a soltura da empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, de 28 anos, presa no dia 31 de outubro, em Sinop, na Operação Cleópatra, que investiga suspeita de esquema de pirâmide financeira na empresa DT Investimentos, de propriedade de Taiza.

Cabe ressaltar, também, que em pesquisas aos sistemas disponíveis, não foram constatados registros criminais a comprovar a reincidência ou maus antecedentes
Na decisão, que foi publicada na última quinta-feira (14), a juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 2ª Vara Criminal de Sinop, decidiu também pela soltura de Wander Aguilera Almeida, marido da empresária, que foi detido no mesmo dia, em flagrante, por armazenar munições e anabolizantes ilegais.
As medidas cautelares impostas pela magistrada foram: comparecimento mensal em Juízo, até o dia 10 de cada mês, para informar endereço residencial e justificar suas atividades; proibição de se ausentarem da Comarca em que residem por mais de 10 dias sem autorização judicial; proibição de contato com qualquer fornecedor de medicação irregular, diante da conduta apurada nestes autos; e uso de tornozeleira.
“Cabe ressaltar, também, que em pesquisas aos sistemas disponíveis, não foram constatados registros criminais a comprovar a reincidência ou maus antecedentes, além de terem os indiciados informado nos autos endereço fixo”, consta na decisão de Débora Caldas.
“Posto isso, acolho o pedido da defesa, em consonância com o parecer do Ministério Público, para revogar a prisão preventiva de Taiza Tosatt Eleoterio Ratola e Wander Aguilera Almeida, condicionando suas liberdades ao cumprimento das medidas cautelares abaixo delineadas, comprometendo-se no ato da soltura, a fielmente cumpri-las, sob pena de decretação de suas custódias preventivas”.
O suposto esquema
Conforme a investigação da Decon (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor) de Cuiabá, Taiza seria a líder do suposto esquema criminoso, no qual já foram oficialmente identificadas dezenas de vítimas e um prejuízo de ao menos R$ 2,5 milhões.
Entretanto, o MidiaNews apurou que a maioria das vítimas preferiu não registrar boletim de ocorrência contra a empresária. O número de lesados, conforme fonte da reportagem, pode chegar a 100 pessoas, que juntas perderam mais de R$ 15 milhões.
Entre 2021 e 2022, o escritório da DT Investimentos funcionou no Edifício Helbor Business, no Bairro Alvorada, na Capital. Taiza se apresentava como proprietária, enquanto seu ex-marido, o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, se apresentavam como seus sócios.
Ricardo e Diego também foram alvos da Operação Cleópatra, e tiveram cumpridos contra eles mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas.
Na ação, entretanto, somente Taiza foi presa, por mandado, e seu marido pelo flagrante com materiais ilícitos.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
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