SAÚDE
Bebê com hidrocefalia que mal respirava se cura: “Ele ficava roxo”

Natural de Arapiraca, em Alagoas, o bebê desenvolveu o grave sintoma no final do ano passado. Ele ficava segundos com falta de ar sem motivo aparente, o que assustou sua mãe, a professora Flaviana dos Santos, de 30 anos.
“Já sabíamos que o Luíz tinha hidrocefalia. Ele nasceu de 27 semanas e no tempo que ficou na UTI, nós notamos o crescimento da cabeça, mas os neurologistas nos disseram que ela era moderada, estava se amenizando e não precisaria de cirurgia. Só que logo os sintomas apareceram. Meu filho ficava muito irritado, não queria comer, ganhava pouco peso. Depois vieram os episódios de apneia”, relata a mãe.
Flaviana teve uma gestação de risco e chegou a fazer cerclagem (fechamento do colo uterino) para evitar o parto prematuro. Ainda assim, o bebê nasceu antes do tempo e enfrentou diversas complicações, como infecções e intercorrências que o mantiveram no hospital por mais seis semanas.
Diagnósticos imprecisos
Mesmo após a alta hospitalar, a sensação de insegurança não cessou. O aumento da cabeça de Luíz, somado à irritabilidade constante do bebê, fizeram a família procurar ajuda médica. No entanto, cada nova consulta parecia repetir a mesma resposta: a hidrocefalia estava “compensada” e não exigiria cirurgia
O quadro clínico do bebê foi ignorado por vários médicos consultados. Todos alegaram que o crescimento da cabeça de Luíz estava dentro da normalidade. A mãe acabou buscando na internet um especialista que pudesse dar conselhos mais embasados.
Em uma busca desesperada por respostas, Flaviana encontrou o neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu, do Hospital Evangélico de Londrina, no Paraná, a mais de 2 mil km de sua residência. Através dos depoimentos de pais em situações parecidas, a professora de Alagoas decidiu levar o filho para se consultar com o médico.
O médico identificou que a pressão intracraniana estava extremamente elevada, o que comprometia a respiração do pequeno. “Com a pressão muito aumentada dentro do cérebro, o tronco cerebral fica comprimido. Esta região do cérebro é responsável por regular a respiração e isso causa os episódios de apneia. Quando ele chorava, frequentemente não respirava até ficar muito, muito roxo”, lembra Canheu.
Apoio cirúrgico
O médico recomendou que o bebê fosse operado com urgência para aliviar a pressão do crânio. O procedimento foi realizado no final de janeiro, quando Luiz já estava com cinco meses.
Os médicos adotaram a técnica conhecida como derivação ventrículo-peritoneal. Nela, é instalada uma válvula que reduz a pressão craniana através de uma rede de catéteres que desvia o líquor cerebral para uma cavidade do intestino, descartando o A estrutura é instalada com sobras para que não sejam necessárias novas cirurgias conforme a criança cresce.
“A hidrocefalia sem controle é uma das maiores causas de morte em crianças pequenas, então tínhamos que agir rápido. Ainda bem que no caso do Luiz ele teve uma resposta maravilhosa ao tratamento. Apenas uma semana após o procedimento, a circunferência da cabeça dele já havia diminuído três centímetros”, comentou o neurocirurgião.
Logo após a cirurgia, Luíz começou a mostrar sinais de melhora também da irritabilidade, que era causada pelas intensas dores de cabeça do acúmulo de líquidos. O ganho de peso também foi notável.
Flaviana, aliviada, compartilhou a felicidade de ver o filho mais calmo e se alimentando. “Ele está bem melhor, graças a Deus. A gente nota também que o olhar dele está mais atento, que ele está mais presente, sorrindo mais. Foi uma mudança impressionante”, declarou.
Os sintomas da hidrocefalia
O crescimento acelerado da cabeça do bebê foi um dos primeiros sinais de alerta para os pais. Este é um dos principais sinais de hidrocefalia, por isso os médicos aconselham que sejam feitas medições periódicas do diâmetro do crânio da criança pelo menos até os dois anos de idade para avaliar se a evolução está dentro do recomendado.
Há, porém, outros sinais. A irritabilidade e a alta frequência de choros são alguns deles. A criança também pode desenvolver estrabismo e convulsões.
“O paciente também pode ter um atraso no desenvolvimento neurológico, demorando mais a manifestar habilidades comuns da idade ou até mesmo perdendo algumas dessas capacidades conforme a doença fica muito tempo descontrolada”, concluiu Canheu. Se não for acompanhada, a condição pode levar a lesões cerebrais permanentes e até à morte.
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