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Ex-agente inocentado por fuga de pistoleiro de Arcanjo morre de infarto

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Morreu de infarto, nessa sexta-feira (14), o ex-agente prisional Augusto Alexandre de Barros Santa Rita, aos 51 anos. Ele foi acusado, preso e exonerado, sob acusação de ter por dado fuga ao pistoleiro Célio Alves, em 24 de julho de 2005, da Penitenciaria Central do Estado (PCE). Augusto, que foi inocentado das acusações pela Justiça, concedeu entrevista ao em julho de 2019, onde relatou as dores da prisão injusta

Mesmo com o reconhecimento da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, em 2019, que acatou o recurso de Augusto, por unanimidade, decretando-o inocente por não ter relação ou envolvimento com a fuga do pistoleiro do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o Estado não efetuou sua reintegração ao sistema penitenciário.

Rodinei Crescêncio

Augusto Alexandre de Barros Santa Rita

O velório está acontecendo desde às 8h30, na Pax Nacional do bairro CPA II, na Capital. Por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindsppen-MT), Amaury Neves, lamentou o falecimento de Augusto e reconheceu seu empenho de luta pelo direito dos agentes, mesmo sem ter sido reitegrado à função.

“Desejamos que Deus conforte os familiares e amigos dessa dor imensurável. Neste momento de imensa tristeza, desejamos a todos que compartilhavam de sua vivacidade, alegria e humildade nossos sinceros sentimentos de pesar”, manifestou.

O caso

Augusto Alexandre chegou a ser condenado por dar fuga ao pistoleiro Célio Alves e viveu em um inferno por 12 anos. Foi acusado, preso e exonerado do serviço público. Quando deu entrada no plantão naquele 24 de julho de 2005, na Penitenciaria Central do Estado (PCE), e não imaginava que sua vida viraria um turbilhão.

Célio, apontado como matador de João, escapou, após o horário de visita. Um ano e meio depois, Augusto estava preso. Em julho de 2007, Augusto foi exonerado. Só 4.380 dias depois conseguiu provar inocência, sendo absolvido em última instância. Contudo, não conseguiu reaver sua função. O caso ficou travado na Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso.





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