SAÚDE
Quando o declínio cognitivo começa? Estudo revela idade-chave

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, analisaram dados de mais de 19,3 mil indivíduos e identificaram que a degradação das redes cerebrais começa em meados dos 40 anos e se acelera significativamente após os 67 anos, estabilizando por volta dos 90 anos.
Esses achados sugerem que o início dos 40 anos é um período crucial para atrasando as alterações metabólicas que levam ao envelhecimento cerebral.
Por que o declínio cognitivo começa?
O artigo que detalha a pesquisa foi publicado na revista científica . A equipe descobriu que a resistência neuronal à insulina é o principal fator por trás das mudanças na meia-idade.
A insulina é o combustível usado pelos neurônios para cumprir suas funções e reparar danos. Quanto mais resistentes eles são a ela, mais combustível é necessário.
Comparando biomarcadores metabólicos, vasculares e inflamatórios, os pesquisadores observaram que as alterações metabólicas precedem as outras, indicando que a desregulação da glicose no cérebro é um mecanismo central no início do envelhecimento. O achado abre caminho para estratégias preventivas focadas em melhorar o metabolismo neuronal.
Cetonas como alternativa terapêutica
As análises de expressão genética destacaram o transportador de cetonas MCT2 como um potencial fator de proteção. As cetonas, um combustível alternativo que os neurônios podem metabolizar sem insulina, mostraram-se promissoras.
Em uma segunda fase do estudo da Universidade Stony Brook, uma coorte de 101 participantes recebeu suplementos de cetonas, o que estabilizou as redes cerebrais em deterioração, com efeitos mais pronunciados na faixa dos 40 aos 59 anos, período que o “estresse metabólico” é o protagonista do declínio cognitivo.
“Durante a meia-idade, os neurônios estão metabolicamente estressados, mas ainda são viáveis. Fornecer um combustível alternativo nessa janela crítica pode restaurar a função deles”, explica a neurologista Lilianne R. Mujica-Parodi em comunicado à imprensa.
Já em idades mais avançadas, os benefícios das cetonas diminuíram, sugerindo que “Em vez de esperar pelos sintomas, podemos identificar pessoas em risco por meio de marcadores neurometabólicos e intervir cedo”, destacou Lilianne. Essas descobertas podem revolucionar as abordagens para prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Atualmente, os tratamentos focam em sintomas que aparecem tardiamente, quando danos significativos já ocorreram. A nova pesquisa propõe intervenções metabólicas, como dietas cetogênicas ou suplementos, iniciadas na meia-idade, antes do surgimento de sintomas cognitivos.
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