Juiz condena esposa e advogada de “Sandro Louco”; mãe é absolvida

A Justiça de Mato Grosso condenou Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, esposa do criminoso Sandro da Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, no âmbito da Operação Ativo Oculto.

No mesmo processo foram condenados a advogada Adriana Borges Souza Matta e outras oito pessoas.

A mãe e a irmã de “Sandro Louco”, Irene Pinto Rabelo Holanda e Alessandra Rabelo Uszko dos Santos, respectivamente, foram absolvidas por falta de provas, assim como a advogada Diana Alves Ribeiro de Souza e outras 12 pessoas.

A decisão foi assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e publicada nesta quarta-feira (25).

A Operação Ativo Oculto, deflagrada em março de 2023, desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores obtidos em decorrência das atividades da facção criminosa da qual “Sandro Louco” é um dos principais líderes.

Ele, juntamente com Everton Danilo Jesus Batista e Adeilton de Amaral Tavares, responde aos fatos em processo separado.

Lavagem de dinheiro

Thaisa foi sentenciada a quatro anos e oito meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, pelo crime de lavagem de dinheiro. 

Já Adriana Borges Souza Matta foi condenada por falsidade ideológica e absolvida do crime de lavagem de dinheiro, por insuficiência de provas. Ela recebeu pena de um ano e dois meses de reclusão, em regime aberto.

Também foram condenados por lavagem de dinheiro: Wdson Henrique Correia Martinez, Karlla Conceição Araújo da Silva, Thiago Queiroz dos Santos, Suelen Maria de Santana, Abraão Lincoln Santana Araújo, Robson José Pereira de Araújo, Francielly Cristina de Godoy e Edvaldo Ricardo de Souza Almeida.

O magistrado concedeu o direito de todos os condenados de recorrerem em liberdade, uma vez que permaneceram soltos ou foram colocados em liberdade durante a instrução processual e não houve elementos que justificassem a imposição de prisão preventiva.

As outras 12 pessoas absolvidas são: Elaine Cristina de Oliveira, Enzo Gabriel de Oliveira, Laura Verônica Alves Souza, Luiz Fagner Gomes Santos, Juliana Sousa Amorim, Ana Kely Costa de Assis Carvalho, Flávia Pereira Mendonça, Júlio César Duarte Junior, Marcelo Augusto Gomes Pinto, Rafael Gomes dos Santos, Leonardo dos Santos Pires e Talita Liandra Barbosa Matias dos Santos.

Ainda na sentença, o juiz determinou o perdimento das armas apreendidas com os condenados, bem como a alienação antecipada dos bens, sendo a maioria composta por carros de luxo e motocicletas.

A operação

A operação foi deflagrada  pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPE),  Polícia Civil e Polícia Militar

No total, a ação cumpriu 271 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária, bloqueio de bens e valores em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´ Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. 

Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia.